13.9.09

Briga entre irmãos

Quando Benjamin completou 4 meses eu decidi que era hora de tirá-lo da redoma de cristal na qual fora colocado desde o nascimento: comprei o tapetão que aparece aqui e o chão seria o limite - Fluck o obstáculo.

Fluck é o projeto canino que ocupava todo o espaço no meu coração - e na minha cama - nos dias em que Benjamin era um plano para daqui a 6 anos. Quando a gravidez foi confirmada, o coitado foi primeiro expulso do quarto, depois do andar de cima e agora dorme num cantinho da sala de jantar. Tudo porque essa linda pelagem serve de abrigo para inúmeros carrapatos, resistentes à todos os tratamentos conhecidos atualmente. Já raspamos, pingamos, injetamos, encoleiramos, colocamos numa jangada e oferecemos à Iemanjá, mas nada funciona. E olha que Fluck é um lorde, sequer pisa na (pouca) terra que há aqui em casa, se a bola rola até lá, late até que alguém recupere para ele. Sangue doce.

Com essa rejeição toda, tememos que meu primogênito não fosse receptivo à Benjamin, principalmente porque nem Victor nem eu podíamos pegá-lo no colo e lidar com Ben logo em seguida, e nós somos os únicos que lhe dispensamos qualquer atenção aqui em casa. Mas qual não foi a surpresa que em sua primeira interação, os dois pareciam feitos um para o outro, fato devidamente registrado na foto que ilustra a postagem.

Mas Ben desenvolveu a capacidade incrível de achar qualquer mecha de cabelo sobressalente e puxar até arranca-la. Eu, que já estava num processo hormonal de perda de cabelos, estou quase careca, apesar de passar o dia de coque. E Fluck, como visto, é uma criatura de pêlo e olho, jamais escaparia imune à fúria dos dedos rechonchudos: hoje sentei com Ben no chão e Fluck juntou-se à nós, e num momento de distração, Ben puxou-lhe os bigodes e Fluck avançou nele.

Victor deu um tapa tão grande no pobre (cachorro, diga-se de passagem) que ele saiu rodopiando. Tá que não é muito difícil fazer isso com um cachorro de 4kg, mas me dói o coração. Eu não gosto de bater em ninguém que não possa revidar à altura, então fiz o que faço de melhor em situações calamitosas: abri o sprinkler. Primeiro Victor achou que Fluck tinha machucado Benjamin, depois viu que eu estava chorando pela punição dispensada ao infrator e ficou bravo comigo... Mas o que eu posso fazer se meu coração de mãe doeu naquela hora?

Só que Fluck é um cão sem-vergonha, já está todo engraçado de novo para os lados de Victor. Neste momento, dorme enrolado aos meus pés, enquanto Ben dorme enrolado no meu edredon, na minha cama. Com 5 metros e 1 porta entre eles. Permanecerão assim até que Benjamin aprenda que animais são amigos e não a peruca do Sílvio Santos.

9 comentários:

Aline Tavares 13 de setembro de 2009 às 22:28  

Pobre Fluck...
Minha sogra tem um gato persa e Bruno tenta agarrar o bicho pelos pelos e pôr na boca, como de costume.
Mas o gato nem liga, coitado..

Anne 14 de setembro de 2009 às 01:48  

Ai, Nanda, morri de rir com essa postagem, rsrsrsrs.

Ana Beatriz, minha sobrinha, é um verdadeiro teste pra bicharada aqui de casa. Ontem o Luke - único cachorro - deu um susto na pobrezinha. Mas também, ela tentou disputar com ele o prato de comida! Ele não costuma ser agressivo, mas é possessivo, então deu uma pseudo-mordida na mãozinha dela. Ela ficou injuriada, coitadinha! Mas foi só um susto.

Acho que juntar cães, gatos e crianças é perfeito, e que eles aprendem as regras de como lidar uns com os outros - com nossa mediação, claro!

Beijocas!

PS: o blog está lindão, hein?

Lu Azevedo 14 de setembro de 2009 às 08:00  

Ei Nanda! Adorei o novo layout!

E quem me dera ter um cachorrinho aqui pra brincar com o Nicolas... Eu amo animais, mas por enquanto nao dá... E tenho certeza que se tivessemos o Nicolas faria como o Ben: puxaria bigodes, pelo, enfiaria o dedo no olho... Enquanto nao tem, o jeito eh puxar o cabelo da mamae aqui! :-)

Anderson Santos 14 de setembro de 2009 às 15:33  

Crianças adoram pegar algo e apertar e cachorros são criaturas perfeitas para isso. O que já vi de crianças menores que olhavam para o meu cachorro, anterior e a atual, e davam tapas...

A história mais interessante é a daminha vizinha (a que virou são-paulina) e logo lembrei do caso quando li o título desta postagem.
Ela, que tem 10 anos, sempre aparece lá em casa quando necessita de ajuda em algum trabalho e leva o irmão, de três, que é um peralta.

Lá em casa têm algumas bolas pequenas mais para brincadeiras minhas e do meus pais que para a cadela. Enfim, a minha vizinha resolveu chutar a bola e a cadela rosnou. Resultado, ela empurrou o irmão para frente para que se fosse morder alguém, que mordesse ele.

Soraya 14 de setembro de 2009 às 23:42  

Oinnn
Quanta dobrinha que tem esse menino..
E o dedin Pingando baba...
E o pobre do auau todo se doando a ele ... antes de ser rapelado
huauhauhahuahua
Lindo...
Beijos

Érika Zemuner 15 de setembro de 2009 às 00:30  

Que feliz deve ser sua casa. Crianças, cachorros e muita confusão entre eles \o/

E o melhor disso é que o Benjamin vai crescer ao lado de um bichinho, vai aprender a gostar e se lembrará sempre do Fluck como o primeiro cachorrinho dele *-*

Poxa, quer dar aulas de como fazer layout pra blog, não?

Aline Tavares 17 de setembro de 2009 às 13:45  

Nanda, que layout lindo!
Ó, quero fotos do cabelo novo. :)

Yves Bastos 20 de setembro de 2009 às 01:59  
Este comentário foi removido pelo autor.
Yves Bastos 20 de setembro de 2009 às 02:05  

uaehuhae
ri demais.