1.12.10

Metrossexual

Eu nunca fui conhecida por minhas prendas femininas. Não sei cozinhar, não consigo pregar um botão, e até pouco tempo atrás, passar rímel era uma passagem de ida ao oftalmologista. Aí passei três meses trabalhando em uma loja de cosméticos, fazendo uma revista voltada para profissionais de beleza (aka cabeleireiros, manicures, depiladores e afins), e acabei saindo de lá com luzes no cabelo, sem unhas roídas e a feliz proprietária de uma chapinha e um secador.

Ben não deixou isso passar despercebido, afinal, os brinquedos no banheiro agora dividem o (pouco) espaço com esmaltes, paletas de sombras, pincéis e curvexes. A princípio, o interesse era apenas para poder nomear os objetos, já que a oralidade de Benjamin é extremamente desenvolvida e surpreende até mesmo as professoras da escola (é, ele está na escola. Posso falar sobre isso depois?)

Então ele pegava de um por um e dizia: "imaute, batão, goss, maicagem". Felizmente, a fase de jogar as coisas na privada já havia passado, então não houveram grandes perdas e danos. Infelizmente, a fase de experimentar as coisas da mamãe havia chegado, e ele exigia que eu lhe lixasse a unha, passasse perfume e batão. 


Isso tudo em meio a calçar os meus sapatos, inclusive os de salto, colocar meus colares e andar pela casa cantarolando. Se eu disser que não fiquei paranóica, estarei mentindo, afinal, ser mãe separada-solteira significa não ter uma figura masculina presente, nem objetos tipicamente masculinos espalhados pela casa. Estaria eu levando meu filho à uma espiral interminável de um complexo de édipo que nem Freud ressucitado resolveria?

Não, a experimentação é normal. Na casa do pai ele usa as roupas do pai, na casa da bisa ele usa as coisas do primo, e na nossa casa, usa as minhas coisas, afinal, usar as dele é lugar-comum. Mas eu tinha que demarcar território, porque um batom da M.A.C. não é brincadeira de criança... e nem de bebês-meninos.

Definimos: Ben pode passar perfume quando vai sair (embora raramente se lembre), e protetor labial, que ele pede o tempo todo. Isso somado à sua fixação pela música Baby, do Justin Bieber, à qual foi apresentado por minha irmã pré-adolê (valeu aí!), me faz pensar que a adolescência chega cada vez mais cedo aos lares brasileiros. E a vaidade vem de mãos dadas.

Aonde iremos parar?

9 comentários:

daniella pontes 1 de dezembro de 2010 às 11:57  

mudar o layout que é bom, nada, né?

Nanda 1 de dezembro de 2010 às 12:00  

E o TCC que é bom, menos ainda, né? Munf.

Shuellen 1 de dezembro de 2010 às 19:00  

Olha sem brigas por aqui, ok? Pelo menos ela atualizou o blog. Um passo de cada vez. =X

Anne 1 de dezembro de 2010 às 21:21  

Oh, não temas! Aposto que Justin Bieber estará fora de moda antes que Isis complete a idade do Ben, hehehe!

=P

Érika Zemuner 1 de dezembro de 2010 às 22:50  

Eu me preocupo muito mais com a sua irmã ouvindo Jutin Bieber, viu! Hahaha!

Mas tem conserto, viu. Eu com a idade dela gostava de Tcham, Spice Girls, Backstreet Boys e tal.

Renato Medeiros 2 de dezembro de 2010 às 06:10  

Aiai, Nanda, você continua escrevendo muito bem. haha

Seu bebê pede pra passar protetor labial? O.O É seu filho mesmo, não nega. haha

E sempre achei que você tivesse um laaaargo estojo de maquilagem (sou retrô), afinal foi você que me ensinou a diferença entre pó e panqueque.

daniella pontes 2 de dezembro de 2010 às 12:19  

fazer tcc pra que, se COMO UMA DEEEEEEEEEEEUSAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, VC ME MANTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEMMMMM, cafezinha?

Nanda 2 de dezembro de 2010 às 16:00  

PanCAKE Renato, parece que eu não te ensinei muito bem! Kkkkkkkkkkkkk

Veja bem, eu sempre soube exatamente o que usar, onde usar, só não sabia COMO usar. E isso ainda estou aprendendo... Hoho!

Nathaly R. Cavalcante 3 de dezembro de 2010 às 22:26  

Ahh o blog voltou. Feliz ;)